quadro de Abel Manta
http://www.pitoresco.com.br/portugal/portugal/25_abel_manta/abel_manta.htm
Edital
Dextra, a sina implica sons de vento; não nos sabe
a boca a como era dantes -vibração,
embuste ou dano. Cresce a papoila e lá isola
a força nítida, flectida, não reflexa.
Não tem dos ditos sons uma audição visível
- mas o tacto. A nós, olfacto e tempo
se misturam no cadinho imperfeito
que os dedos finos formam (dedos
ou trémulos suspiros? maçãs do rosto
ou neve?) Mais duvida a penumbra
que a escuridão dos olhos, cesto, abrigo
do mais danado não; mas é nela
que a mão dorida poisa e faz a tarde.
De nós a oito dias não a vela
rodará; agora zune.
Neste momento exacto,
Como a gaivota limpa, aqui é isto:
a cólera dos numes. O peso adulto.
O pente sobre o Tejo. E as sereias.
Aviso aos que nos cortaram as barbas:
cada um dos nossos pêlos é contado.
Pedro Tamen, Tábua das Matérias
http://www.iplb.pt/pls/diplb/!get_page?pageid=402&tpcontent=FA&idaut=1426113&idobra=&format=NP405&lang=PT
http://www.nescritas.nletras.com/poetasapaixonados/detamen/
sábado, março 04, 2006
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