Atravessa a amargura sem lá ficar, com uma candura quase inocente, quase proibida.
Solta o riso para vencer o cerco e o medo, por isso o inscreve como uma senha, para contar os sonhos que afagam a cabeça de todos os homens, por mais imperfeitos ou cruéis.
Detém-se nas coisas pequenas e insignificantes: passos de meninos no corredor, conversas abafadas na mesa ao lado, um pássaro morto que o magoa. Ao lado, corre nos shoppings a burguesia endinheirada e sôfrega, que só não lhe atravanca o passo, porque ele conhece bem os atalhos que levam às clareiras virgens das florestas.
sexta-feira, setembro 30, 2005
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