«Morrer é um país estrangeiro.» É uma parte, mas não é ainda tudo. There it is: «Viver é um país estrangeiro.» Acho que sim, que era disto que andava à procura. Sinto-me agora preparado: «Morrer é um país estrangeiro. Viver é um país estrangeiro.» Vou acabar, sinto, tudo mo diz. Isto é: vou mudar-me de um país estrangeiro para outro país estrangeiro. Estrangeiro na terra, sê-lo-ei também no além que houver. E, se nada houver, nada serei: forma suprema, talvez, de ser estrangeiro»
Eugénio Lisboa "Um estrangeiro na terra" excerto de uma ficção (a propósito de Pessoa)
domingo, agosto 14, 2005
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