domingo, abril 02, 2006

Eduardo Pitta: no lajedo da vigília

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Acolhia-se aos destroços
da velha casa, onde não encontrou
nenhuma das antigas pegadas,
entre si confundidas na sombra
da pedra, nos reflexos do lago, no
lajedo da vigília.

A nenhum deles encontraria -
perdidos entre Cartago e a Palestina
distantes do absinto, dos dias de fox
hunting, das leituras de algum árcade
pedante e apostólico. Estava só. Era no tempo
da canalha.

Para trás ficavam as capelas imperfeitas
e a tranquila majestade dos olmos.
Amara-os aos dois no intervalo
um do outro, na iminência sempre de um naufrágio
redentor.
E agora tinha as mãos vazias.

[Brideshead Revisited.]

Eduardo Pitta, A Linguagem da Desordem

daliteratura.blogspot.com/

nescritas.nletras.com/poetasapaixonados/listapoesias2/archives/2039_11.html

p
enclube.no.sapo.pt/pen_portugues/socios/eduardo_pitta.htm

antologiadoesquecimento.blogspot.com

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