quinta-feira, julho 13, 2006
é belo que um rio guarde / a cor dos sacrifícios
Marlene Dietrich
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BOA MEMÓRIA
Se cortassem o Danúbio às fatias
ninguém veria uma mutilação.
A água abre-se em duas
e refaz-se maI o corte finda.
Só que o azul se tinge
do suor da lâmina.
Mas é belo que um rio guarde
a cor dos sacrifícios.
Fernando Namora, Marketing, 1969.
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3 comentários:
Claro que nisto dos blogs é bom encontrar "pontas" dos nossos pensamentos! Assim foi com este belo poema. Um dia destes andei na estante atrás do livro e a reler, actualidade latente, se mudarmos as marcas: "Atenção ao marketing"!
Tem piada, há quase 40 anos, este livro era "libertário"...
blue danúbio
blue angel
marlene, sempre. lindo!
É lindo, profundo e muito bom, todo este livro do Fernando Namora, em que ele se constitui na vanguarda de um tempo que ainda hoje é urgente e necessário.
Fiquei contente por vos agradar este (breve) poema, cuja excelência lhe permitiria figurar entre os melhores dos nossos bons poetas.
armandina maia
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