Eis as casas. Grutas de sal a céu onde me descubro. E sou nome ou reboco do dia que se extenua e sonha, vento maritimo que me leva às praias fulgurantes que faltam nos livros. Aqui me deito, peixe, memória, homem, contigo e a chuva e o iodo e o som das casuarinas circulares, teu verde escuro açoitado de desejo. O bosque.
Aqui me ergo, pendurado em panos às janelas, imagem de despudor sem mim. Porque aqui me esqueço do que me querem. Da história que me fizeram e fui. Olhem estas paredes que respiram! Arfam? Olhem onde não me posso esconder, no laborioso percurso das tardes jogando-me, brincando, obsessivo geründio doutra estória às avessas da história, onde nao me vissem mais, quando me distraio, viandante de mim nos alvéolos iluminados do tempo.
Aqui me ergo, pendurado em panos às janelas, imagem de despudor sem mim. Porque aqui me esqueço do que me querem. Da história que me fizeram e fui. Olhem estas paredes que respiram! Arfam? Olhem onde não me posso esconder, no laborioso percurso das tardes jogando-me, brincando, obsessivo geründio doutra estória às avessas da história, onde nao me vissem mais, quando me distraio, viandante de mim nos alvéolos iluminados do tempo.
Luís Carlos Patraquim, "Os Barcos Elementares", Vinte e tal Novas formulações e uma Elegia Carnívora
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